Somos um movimento global pelos direitos dos povos indígenas e a única organização que defende os povos indígenas no mundo inteiro. Existimos para prevenir o seu extermínio e para lhes fornecer uma plataforma de contacto com o mundo que lhes permita testemunhar sobre o racismo, a escravidão e a violência genocida que enfrentam diariamente.
Ajudamo-los a defender as suas vidas, os seus direitos enquanto seres humanos, a proteger as suas terras e a determinar o seu próprio futuro.
Os nossos projetos no Brasil:
Os índios isolados
Nas profundezas da floresta amazónica brasileira vivem povos indígenas que não têm qualquer contato com o mundo exterior. As suas terras estão a ser invadidas por fazendeiros e madeireiros ilegais.
O contato com a sociedade tem sido sistematicamente desastroso para as tribos isoladas do Brasil. Estes povos são bastante vulneráveis às doenças comuns em outras regiões pois não possuem imunidade que os proteja. É comum que metade de uma tribo seja dizimada por doenças como a gripe e o sarampo, um ano após o primeiro contato.
Por outro lado, violentos confrontos são resultado comum das atividades económicas em áreas onde povos indígenas isolados vivem.
A invasão de estranhos põe assim as tribos em risco de extinção, devido à perda das suas terras e às doenças trazidas pelos invasores.
Os Awá
Os Awá são um dos últimos povos nómadas de caçadores-coletores no Brasil. A maioria vive em reservas reconhecidas legalmente e cerca de 100 Awá não têm qualquer contato com não-índios. No entanto, este povo está encurralado em espaços cada vez menores, à medida colonos, pecuaristas e madeireiros invadem as suas terras e derrubam as suas florestas.
Os Guarani
Este povo foi um dos primeiros a serem contatados após a chegada dos europeus à América do Sul, há cerca de 500 anos. Cerca de 51.000 índios Guarani vivem atualmente em sete estados diferentes no Brasil, tornando-os a etnia mais numerosa do país. Muitos outros vivem na Argentina, Paraguai, e Bolívia..
Este povo profundamente espiritual vive lotado em reservas minúsculas e muitas comunidades têm tentado recuperar pequenas parcelas de suas terras ancestrais. Estas tentativas têm sido violentamente reprimidas pelos poderosos agricultores que hoje ocupam a região. Inúmeros Guarani foram mortos nestas disputas em que os fazendeiros frequentemente empregam pistoleiros para defender as ‘suas’ propriedades.
O projeto que o viajante Muxima apoia: